terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O DESAFIO DE VIVER E FALAR DA GRAÇA


Eu, por mais que tente disfarçar, sou ainda muito conservador no meu pensamento teológico. Trago, mesmo que relutantemente, muitos resquícios da minha formação de base legalista. Em muitos momentos não consigo discernir se estou sendo mais puritano e pietista do que simplesmente cristão.

Jamais saberei se as interpretações morais que faço do evangelho estão comprometidas pela estrutura ortodoxa da minha formação, ou se são impressões legítimas e relevantes à santidade cristã e à pureza do próprio evangelho. Ninguém é uma tábula rasa. A graça é minha meta, minha ambição, minha obsessão; mas confesso que ainda me sinto preso ao cadáver do homem forjado pela lei moral evangélica que insiste permanecer acorrentado a mim (Rm 7:24). Como disse Paulo, persigo a perfeição, deixando para trás, a cada dia, as coisas que já superei e caminhando insistentemente para a minha verdadeira vocação em Cristo Jesus, que é a plenitude do amor e da misericórdia de Deus (Fl 3:9-14).

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